O documentário “A Ilha dos Gigantes”, que estreia a 20 de Junho na RTP1 e RTP Play, vai desvendar um dos grandes segredos sobre a vida marinha do Atlântico: porque é a ilha de Santa Maria o único sítio da Europa onde se reunem grandes números de tubarões-baleia.
O cameraman subaquático e fotógrafo Nuno Sá e o investigador científico Jorge Fontes (da Universidade dos Açores) levam-nos em expedições científicas e põem-nos lado a lado com pescadores para tentar compreender de onde vêm os tubarões-baleia (Rhincodon typus), para onde vão e o porquê de cada um deles aparecer rodeado de milhares de atuns. E como a presença dos tubarões-baleia afeta todo o tecido social e económico da ilha.
A primeira agregação em tempos modernos dos tubarões-baleia na ilha de Santa Maria ocorre em 2008, o que levou a um boom das atividades de mergulho turístico com o aparecimento de novos centros de mergulho, hotéis, restaurantes, e levando mesmo a um consenso de toda a sociedade para desenvolver uma rede de reservas marinhas para proteger a sua vida marinha e a nova atividade turística.
O tubarão-baleia, o maior peixe do mundo, pode chegar até aos 10 metros de comprimento. A colisão com barcos, a captura acidental em redes de pesca e a caça por causa das suas barbatanas e carne têm contribuído para uma redução alarmante dos números globais de tubarões-baleia nos últimos 75 anos.
Em A Ilha dos Gigantes acompanhamos as expedições cientificas que há 11 anos tentam desvendar os segredos destes gigantes e saber se a sua recente presença estará ligada, ou não, ao aquecimento global e ao aumento de temperatura das águas em redor dos Açores.
Mas ao descerem de submarino em direção às águas profundas dos Açores, Nuno Sá e Jorge Fontes vão ter um encontro que irá alterar para sempre o que sabemos sobre a vida do maior peixe do mundo.
O documentário A Ilha dos Gigantes estreia a 20 de Junho às 22h45 na RTP1 e na RTP Play.
Esta é uma produção da Atlantic Ridge Productions com o apoio do Programa Blue Azores, que nasce de uma parceria entre o Governo Regional dos Açores, o Instituto Waitt e a Fundação Oceano Azul para proteger, promover e valorizar o capital natural marinho dos Açores. O documentário conta ainda com o apoio da DRT Açores, do CEIIA, da ANP/WWF, do OKEANOS, da Rebikoff Niggler Foundation e da Câmara Municipal de Vila do Porto.
Saiba mais sobre o tubarão-baleia
O tubarão-baleia, que pode pesar até 11 toneladas, é o maior peixe e tubarão do planeta. Este gigante marinho tem cerca de 3.000 pequenos dentes mas não é perigoso para humanos.
Normalmente, os tubarões-baleia patrulham os oceanos do planeta sozinhos. Ainda assim, grandes números de indivíduos concentram-se em determinadas áreas, o que as torna pontos de grande atracção turística.
Esta é uma espécie classificada como Em Perigo de extinção pela Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN).
Estima-se que as suas populações tenham declinado mais de 50% ao longo dos últimos 75 anos.