A leitora Johanna Andrade fotografou um pequeno animal na zona de Santo Tirso a 30 de Maio e pediu confirmação na identificação da espécie. Francisco Álvares responde.
“Em anexo envio fotografias de uma doninha, infelizmente morta, encontrada na zona de Santo Tirso”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma doninha (Mustela nivalis).
Espécie identificada por: Francisco Álvares, investigador do CIBIO-InBIO, especializado em mamíferos carnívoros.
A doninha é “o carnívoro de menores dimensões da fauna portuguesa”, explicou Francisco Álvares.
A doninha é uma espécie que pertence à família Mustelidae, ou seja, aos mustelídeos, da qual fazem parte outros carnívoros como os arminhos, os toirões, as lontras e os texugos.
Os machos adultos podem medir entre os 17,5 e os 25 centímetros e as fêmeas adultas, mais pequenas, variam entre os 16,5 e os 19 centímetros, segundo o livro “Um olhar sobre os carnívoros portugueses” (2012).
Os machos adultos pesam entre 90 e 223 gramas e as fêmeas entre 49 e 80 gramas.
As doninhas podem estar activas de noite e de dia e alimentam-se de pequenos ratinhos, lagartos, rãs, minhocas, etc.
Segundo aquele livro, as doninhas são “bastante difíceis de observar na Natureza”.
Ainda assim, ocorrem “numa grande variedade de ambientes, desde florestas mediterrâneas até prados alpinos, seleccionando os habitats pela sua abundância de micromamíferos”, segundo o Atlas de Mamíferos de Portugal.
Em Portugal, os cientistas acreditam que as doninhas estão distribuídas por todo o território continental, “embora com grandes descontinuidades”, e também em algumas ilhas dos Açores. No entanto, como se trata de “uma espécie de difícil detecção”, havendo hoje um baixo número de registos, são necessários mais estudos sobre a presença deste mamífero, indica o Atlas.
Agora é a sua vez.
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