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Que espécie é esta: ovo de raia-manchada

31.07.2019

A leitora Carla Sofia Sério fotografou a 20 de Julho um ovo de raia na praia da Vagueira, em Vagos, distrito de Aveiro, e pediu para saber a espécie. Susana França responde.

Pela informação disponível a partir da imagem, parece ser um ovo de raia-manchada (Raja montagui)

Foto: Carla Sofia Sério

Espécie identificada por: Susana França, investigadora no MARE-Centro de Ciências do Mar e Ambiente e coordenadora do projecto Shark Attract.

“Para podermos ter a certeza sobre a espécie, teríamos que ter uma referência da dimensão do ovo, já que esta característica também nos ajuda a confirmar a identificação e a distinguir os ovos desta espécie dos ovos da raia-curva (Raja undulata)”, explica também Susana França. 

Se encontrarmos um ovo que esteja ainda cheio, devemos devolver ao mar. Se estiver vazio, é possível levar para casa, mas é importante registar esse achado na ‘app’ “A Grande Caça aos Ovos”, lembra.

De acordo com esta ‘app’, que ajuda a identificar e registar ovos de raia e de tubarão, a raia-manchada está “amplamente distribuída ao longo do Atlântico Nordeste, de Marrocos até ao Báltico Oeste e às ilhas Shetland, incluindo o Mar Mediterrâneo”.

Estas raias nascem com apenas 8 a 10 centímetros de comprimento, mas podem chegar aos 80 centímetros. As fêmeas depositam os ovos em águas pouco profundas entre Abril e Julho, depois de atingirem a maturidade entre os 3,5 e os 4 anos de idade.


Saiba mais.

Leia mais sobre as raias-manchadas e as raias-curvas, numa outra identificação de um ovo de raia já publicada na Wilder, aqui.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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