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voluntários da acção de limpeza subaquática
Fotos: Cascais Ambiente

Numa manhã, voluntários apanharam 285 quilos de lixo no mar de Cascais

29.06.2018

Bastou uma manhã de sábado e cerca de 40 voluntários, numa acção de limpeza subaquática, para que o mar frente ao Clube Náutico de Cascais ficasse um pouco mais ‘leve’, com menos 285 quilos de lixo.

 

Ainda assim, as duas dezenas de mergulhadores – que trabalharam ajudados por igual número de voluntários em terra – “não conseguiram numa só manhã limpar nem metade” do que encontraram, explica Sara Faria, da Cascais Ambiente.

No âmbito do Programa + MAR, a empresa municipal foi parceira nesta iniciativa de limpeza do mar no espaço do Clube Náutico de Cascais, no dia 16 de Junho, uma vez que “devido às correntes marítimas ali se acumula muito lixo”.

Mas o que foi apanhado? Desde pneus de automóveis e armadilhas de pesca a garrafas de vidro e de plástico e também sacos de plástico, que poluíam o fundo do mar junto à costa.

 

lixo apanhado no fundo do mar

 

“Apanharam-se alguns pneus, o que é normal, uma vez que servem de defesa nos pontões e por vezes caem devido à agitação do mar”, explicou a gestora de projectos à Wilder, acrescentando que estes objectos “foram reutilizados para serem colocados novamente” nos lugares de origem.

 

pneu retirado do fundo do mar

 

Quem mergulhou não se ficou só pela apanha de lixo, no entanto. “Salvaram também muitas espécies marinhas que ficam presas no lixo, nomeadamente estrelas-do-mar, polvos, ouriços-do-mar, entre outras.”

Para Setembro já está a ser preparada uma nova acção, também com associados e outros voluntários ligados ao Clube Náutico, para apanharem mais algum do lixo que desta vez ainda permaneceu no fundo do mar, acrescentou a mesma responsável.

Estas acções estão ligadas à iniciativa anual de limpeza subaquática Clean Up the Atlantic, que se realiza desde 2008 e em Maio passado juntou cerca de 165 voluntários na Baía de Cascais. Resultado: apanharam-se 1.200 quilos de lixo nesse dia.

“Este ano, pela primeira vez, estamos a fazer outras iniciativas do mesmo tipo ao longo do ano”, adiantou Sara Faria, acrescentando que se têm realizado também acções de limpeza de praias com escolas e com famílias, que por vezes  têm como destino as arribas.

 

 

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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