O ilustrador naturalista Marco Nunes Correia abre os seus cadernos de campo e mostra-nos o que o fascina na natureza portuguesa. São desenhos, esboços ou aguarelas onde regista as estações do ano. Uma por semana.
Durante um passeio no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em 2016, Marco Nunes Correia encontrou uma orquídea que lhe despertou a atenção. Por isso quis registá-la no seu caderno de campo.
Esta orquídea chama-se salepeira-grande (Barlia robertiana) e é uma espécie autóctone de Portugal. Podemos encontrá-la em “prados, pastagens, clareiras de matos e matagais e taludes, em solos pedregosos e preferentemente de origem calcária”, segundo o portal de botânica portuguesa, Flora-on.
Marco Nunes Correia começou por fazer o esboço da orquídea no campo. Já em casa escolheu a técnica da aguarela para colorir o desenho.
A partir de algumas flores que colheu da mesma inflorescência (em forma de espiga) registou vários detalhes desta espécie, como as pétalas, as sépalas e o estigma.
“Quis saber como funcionam as várias partes desta planta, registando diversos detalhes. Fiquei com informação suficiente para, mais tarde, fazer uma prancha botânica”.
[divider type=”thick”]Saiba mais.
Marco Nunes Correia, de Alcobaça, é professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É membro do Grupo do Risco e especializou-se em desenho de natureza.