A rã-verde é o anfíbio mais comum em Portugal e pode ser ouvida todo o ano, de dia e de noite. Mas é entre Maio e Julho que está mais activa.
Os machos da rã-verde utilizam cinco sons diferentes. Com estes sons, cantam para atrair as fêmeas ou para manter pequenos territórios dentro do charco. No entanto, os biólogos ainda não descobriram o que alguns destes sons querem dizer.
Apesar de serem pouco discretas no coaxar, sempre que se sentem ameaçadas as rãs ficam silenciosas, à espera que o “perigo” passe.
As rãs-verdes vivem em charcos, lagos, lagoas, ribeiros ou mesmo barragens e podem chegar até aos 10 anos de idade. Normalmente medem sete centímetros de comprimento mas as maiores rãs ultrapassam os 10 centímetros.
As rãs-verdes começam a reproduzir-se em Abril. Cada fêmea deposita entre 800 e 10.000 ovos na água. Nesta altura do ano, os charcos enchem-se de minúsculos girinos e de rãs pequenas e grandes.
São famílias inteiras a coaxar entre a vegetação aquática. Sempre atentas aos insectos que passam e que podem ser a próxima refeição.
A cor das rãs-verdes é geralmente verde, daí o nome. Mas também se podem ver rãs mais castanhas ou acinzentadas. Têm olhos grandes e muito juntos. No dorso, duas pregas laterais, castanhas ou amareladas.
Uma pista para identificar esta rã é procurar uma linha verde clara, ao longo do dorso. Se a vir, pode ter a certeza de que está a olhar para uma rã-verde.
[divider type=”thin”]As imagens por detrás dos sons.
Jardins d’Água, Parque das Nações, Lisboa. 07h00.
Se quiser encontrar rãs perto da sua casa, procure neste inventário feito pelo projecto Charcos com Vida: http://www.charcoscomvida.org/charcos-em-portugal
[divider type=”thin”]“Sons da natureza na cidade”
Esta é uma série de cinco episódios inspirados nos sons e nas histórias fascinantes da natureza nas cidades. Cada episódio de 60 segundos é dedicado a um animal que facilmente poderá ouvir no seu dia-a-dia.
Trabalhando com Daniel Pinheiro, realizador de documentários de vida selvagem e especialista em captação de sons da natureza, e com peritos no mundo natural, esta série foi escrita e produzida pela revista Wilder e pela Rádio Renascença.