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Estes cientistas vão a caminho da Antárctida para estudar a fauna marinha

08.01.2016

José Xavier e José Seco vão passar um mês no Oceano Antártico a bordo do navio científico britânico James Clark Ross para saber até que ponto a poluição afecta albatrozes, crustáceos, peixes, lulas, pinguins e cetáceos.

 

Os dois investigadores partem hoje na expedição PELAGIC (Pelagic fauna ecology of the Southern Ocean) que, segundo explicam, “tem como objetivo avaliar a presença de metais pesados no Oceano Antártico”, entre eles o mercúrio.

Até agora a Ciência acredita que naquela região branca do planeta haja pouca poluição. Mas será mesmo assim? Em 2013, um estudo da equipa daqueles dois investigadores descobriu que os albatrozes-gigantes (Diomedea exulans) são os vertebrados com mais mercúrio no mundo.

José Xavier (da Universidade de Coimbra e British Antarctic Survey) e José Seco (Universidade de Aveiro, Universidade de St. Andrews e colaboração direta da Universidade de Coimbra) vão recolher amostras de várias espécies ao longo de toda a cadeia alimentar marinha no Oceano Antártico para saber de onde vem esse mercúrio e que outros metais se encontram nos animais que lá vivem. Como o Mercúrio, Níquel, Chumbo e Zinco.

 

 

A expedição, entre Janeiro e Fevereiro, vai decorrer nas Ilhas Orcadas, na Antártida, a bordo do navio James Clark Ross, com o apoio logístico do British Antarctic Survey e do Programa Polar Português PROPOLAR.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Acompanhe a expedição no site do PROPOLAR ou no blog do José Xavier.

Conheça os outros sete projectos que o programa polar português tem a decorrer na Antártida entre 2015 e 2016, além do PELAGIC. E também os seis projectos a decorrer no Ártico.

 

 

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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