Preencher um espaço vazio no panorama da fotografia de natureza em Portugal e chamar a atenção dos cidadãos para a vida selvagem são os grandes objectivos deste concurso, uma parceria entre a Quercus e a BMW Portugal.
Foram 1079 as fotografias candidatas ao 1º Concurso Nacional de Fotografia Quercus – BMW i. Destas, 100 foram premiadas em quatro categorias, revela a Quercus nesta quinta-feira.
“Amanhecer em Marvão”, de João Pedro Costa, venceu na categoria Natureza e Paisagem; “Carnívora”, de Hugo Daniel Gomes Amador, venceu na categoria Flora Autóctone tem Vida; “Peneireiro em voo”, de Eduardo Jorge Pereira Barrento, arrecadou o primeiro lugar na categoria Aves e, por fim, “Água”, de Diogo Ennes Ferreira Sayanda, conseguiu o primeiro lugar na categoria Prémio Especial BMW i – Água. Esta é a primeira edição do concurso, depois de um ensaio em 2013.
Minutos antes da entrega dos prémios no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, nesta quinta-feira, João Branco, vice-presidente da direcção nacional da Quercus, explicou à Wilder porque é a fotografia de natureza tão importante para sensibilizar os cidadãos para a conservação. “Tem tudo a ver com a aproximação das pessoas ao mundo natural, uma vez que o fotógrafo tem de ir à natureza fotografar aves, insectos ou plantas.”
Prova disso são as várias pessoas que, em Portugal, se tornaram grandes naturalistas por causa da fotografia. “Há cada vez mais pessoas de áreas profissionais que nada têm a ver com natureza que, em determinada altura da vida, se dedicaram à fotografia” de animais, plantas ou paisagens.
E depois, há o efeito dominó das Redes Sociais. “Quando essas pessoas publicam as suas fotografias nas Redes Sociais estão a mostrar a natureza aos seus amigos e aos amigos dos amigos”.
No seu caso, João Branco testemunhou a importância da fotografia de natureza para a sua aproximação ao mundo natural. “Teve um papel importante, assim como os documentários na televisão. Mesmo há quase 40 anos, quando comecei a interessar-me por estas questões, já havia revistas de fotografia”, acrescenta.
Ainda assim, há uma lacuna neste sector em Portugal. “Temos notado que, no panorama português, as iniciativas do género que têm surgido são sempre pontuais e efémeras”, disse também Sara Campos, do departamento de comunicação da Quercus, à Wilder. Esta situação “tem levado os fotógrafos nacionais a virarem-se para os concursos internacionais”. Por isso, a associação nacional de conservação da natureza pretende “ocupar um espaço que tinha de ser preenchido, colmatando uma lacuna importante no panorama nacional da fotografia de natureza”. Este concurso pretende ser um “espaço livre e privilegiado para os fotógrafos amadores e profissionais contarem histórias através da arte da imagem, partilhando os seus pontos de vista e a sua inspiração”, acrescentou.
E para o conseguir, a associação conta com a BMW Portugal como parceiro.
Segundo João Branco, as próximas edições do concurso poderão sofrer algumas alterações ao nível das categorias, mas no essencial, o formato será o mesmo. Na sua opinião, as pessoas devem participar porque “além dos prémios muito bons, é muito gratificante estar em contacto com a natureza, ver animais selvagens e fazer fotografia”.
[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.
Saiba todos os detalhes sobre a competição aqui.
Pode visitar as fotografias vencedoras que ficarão expostas em Lisboa a partir de 22 de Abril, Dia da Terra, em local ainda a definir. Depois formarão uma exposição itinerante que percorrerá o país até ao final deste ano.