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O que procurar na Primavera: 10 plantas que estão em flor

11.05.2016

De 14 a 29 de Maio, os portugueses, de Norte a Sul do país estão convidados a passear na natureza e a identificar e registar as espécies que encontrarem. É mais uma edição do Pé n’A Terra, iniciativa da  associação Biodiversity4All que quer aumentar o conhecimento do mundo natural do nosso país. Até ao final da semana, vamos dar-lhe a conhecer listas dos animais e plantas que é mais provável encontrar.

 

O Pé n’A Terra, que surgiu em 2011, pretende ser um acontecimento nacional de registo de biodiversidade. O desafio é sair de casa, observar e identificar as espécies que encontrar e introduzir os seus registos no site da Biodiversity4All para poderem ser validados por especialistas e estarem disponíveis a todos.

Até agora neste site estão registadas 6.693 espécies que ocorrem em Portugal. Só este mês já foram introduzidas 4.399 observações e oito espécies novas. Mas é preciso mais. E é aqui que entra o Pé n’A Terra.

Para os que desejam participar e querem conhecer melhor o mundo natural à sua volta, durante esta semana vamos publicar uma lista por dia com algumas espécies mais prováveis de encontrar, sugeridas por Inês Teixeira do Rosário, bióloga ligada à Biodiversity4All.

Hoje, sugerimos-lhe 10 espécies de plantas que ocorrem em Portugal e que estão em flor agora na Primavera.

 

  1. Esteva (Cistus ladanifer)
Foto: Miguel Porto / SPB
Foto: Miguel Porto / Flora-On

As flores da esteva começam a aparecer no mês de Março e podem ser avistadas até meados de Junho. É uma planta que nasce espontaneamente em matos, de Norte a Sul do país, e por vezes forma grandes conjuntos a que se dá o nome de estevais. Característica de zonas de clima seco e quente.

 

 

  1. Roselha (Cistus crispus)
Foto: José Luís Vitorino / Flora-On
Foto: José Luís Vitorino / Flora-On

É entre os finais de Março e de Junho que a roselha, também conhecida por rosalha-pequena, mostra as suas flores de tom rosa-forte. Esta planta costuma surgir em sobreirais e também na beira dos caminhos, sendo típica de regiões de clima quente. Associada ao Centro e Sul do país.

 

 

  1. Rosmaninho (Lavandula stoechas subs stoechas)
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On

Conhecida por cabeçuda ou rosmaninho, esta espécie de lavandula está neste momento em flor, tal como as outras plantas do género Lavandula L. Prefere solos pobres e secos, sendo especialmente comum no Algarve, mas um pouco por todo o país é possível encontrar outras espécies aparentadas – como a Lavandula pedunculata¸com flores de cor e feitio semelhantes.

 

 

  1. Papoila (Papaver rhoeas)
Foto: Ana Júlia Pereira
Foto: Ana Júlia Pereira / Flora-On

Típica dos campos portugueses, onde surge em searas, prados, montados e olivais, a papoila pode observar-se também em espaços de baldio e à beira dos caminhos, incluindo nas cidades. Maio é o melhor mês do ano para encontrar as flores, que nunca passam despercebidas no seu tom vermelho-vivo.

 

 

  1. Morrião (Anagallis arvenses)
Foto: Miguel Porto / Flora-On
Foto: Miguel Porto / Flora-On

Também conhecido como erva-do-garrotilho ou morrião-dos-campos, o morrião pode encontrar-se de Norte a Sul de Portugal, em terrenos que foram cultivados ou estão incultos, mas também em baldios e bermas de caminhos nas cidades. As flores podem ter cor azul, vermelha ou alaranjada, e encontram-se mais facilmente entre os finais de Fevereiro e meados de Julho.

 

 

  1. Ruínas (Cymbalaria muralis)
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On

Planta introduzida em Portugal, conhecida como ruínas ou cimbalária-dos-muros, esta espécie prefere fendas de rochas e também muros antigos, sendo possível encontrá-la tanto nas cidades como em matas. Gosta de locais com sombra e é mais frequente a norte do rio Tejo.

 

 

  1. Bole-bole-maior (Briza maxima)
Foto: Miguel Porto / Flora-On
Foto: Miguel Porto / Flora-On

As flores da bole-bole-maior, também chamada de quilhão-de-galo, abelhinhas, campainhas-do-diabo ou chocalheira-maior, podem ser avistadas durante toda a Primavera. Ocorre nos campos de todo o país, tanto em matas e matagais como em montados, olivais, searas e bosques.

 

 

  1. Malmequer ou pampilho (Chrysanthemum coronarium)
Foto: Cristina Estima Ramalho
Foto: Cristina Estima Ramalho

À semelhança de outras plantas semelhantes que ocorrem em Portugal, a Chrysanthemum coronarium é chamada de malmequer, sendo ainda conhecida pelo nome de pampilho. Por vezes, surge com as pétalas todas amarelas. Pode ser encontrada nos terrenos baldios da cidade, à beira dos caminhos ou ainda em campos agrícolas. Floresce até finais de Maio.

 

 

  1. Malva-bastarda (Lavatera cretica)
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On
Foto: Cristina Estima Ramalho / Flora-On

A malva-bastarda ou lavatera pertence à grande família das Malvas, mas está associada a um género diferente. É mais comum em baldios, campos agrícolas ou nas bermas de caminhos, ou ainda em rochedos e dunas junto ao mar. Floresce de Fevereiro a Junho.

 

 

  1. Olhos-de-mocho (Tolpis barbata)
Foto: Ana Júlia Pereira
Foto: Ana Júlia Pereira

 

Chamam-lhe olhos-de-mocho ou leituga e ocorre em montados, pastagens e prados. Nasce de forma espontânea e pode ver-se em flor entre o final de Março e o início de Setembro.

 

 

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Até ao final da semana, a Wilder dá-lhe a conhecer animais e plantas que vai gostar de procurar e identificar durante a iniciativa Pé n’A Terra, quer participe numa das várias acções organizadas (que pode encontrar aqui) ou se preferir partir com família e amigos à aventura.

Aqui, pode conhecer melhor 10 espécies de aves que pode encontrar durante um passeio.

No final, poderá registar as diferentes espécies identificadas no site da Biodiversity4All.

E se quiser encontrar mais informação sobre estas e outras espécies de plantas, consulte por exemplo o portal Flora-On.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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