Com sete anos, quase a fazer oito, e aluno na Escola de Guilheta em São Paio de Antas, aldeia no concelho de Esposende, Tiago gosta muito de fotografar a natureza que o rodeia. Chapins, rolieiros, salamandras, sapos, cobras e lontras são algumas das suas fotografias que vão sendo partilhadas pelo pai através do Facebook.
Wilder: De que forma expressas e satisfazes o teu amor pela natureza?
Tiago Freitas: Gosto muito de brincar com os meus amigos, de jogar à bola e de fotografar a natureza, especialmente as aves e os répteis. Mas também gosto dos insetos e das flores. Adoro tirar fotos com o meu pai porque assim posso ir a locais diferentes e fotografar coisas novas. Gosto de dar passeios junto ao Rio Neiva e na Floresta de Fão. Às vezes, faço desenhos na escola das coisas que vi e que gosto.
O meu pai é que publica as minhas fotos no Facebook e eu dito-lhe as histórias do que aconteceu.
W: Quando é que começaste a interessar pela natureza?
Tiago Freitas: Os meus pais dizem que desde pequenino eu andava sempre a mexer nos bichinhos e nas minhocas e não tinha medo de nada. O meu pai está sempre a ver o Discovery e o National Geographic e eu também gosto muito de ver.
W: E como é que começaste a fotografar o mundo natural que te rodeia?
Tiago Freitas: Um dia, um amigo do meu pai, o Olivier Coucelos, comprou uma máquina fotográfica nova e deu ao meu pai a antiga dele para irem os dois fotografar aves. Eu gostava de ir com eles e comecei a gostar de também fotografar as aves. Quando fiz 6 anos, o meu pai deu-me de presente de anos uma máquina fotográfica nova e uma lente boa, daquelas grandes que focam mais de perto as coisas.
O Olivier Coucelos é observador de aves e quando ele está cá – ele vive na ilha do Pico – convida-me para ir com ele fotografar. Entretanto comecei a fotografar e a gostar de encontrar aves novas. O meu pai criou então a página no Facebook para mostrarmos as minhas fotos ao Olivier e a outros amigos. E as fotos ficavam mesmo boas e muita gente gosta delas.
Um dia fui também ver uma exposição do senhor Carlos Rio e gostei muito. E até lhe disse que um dia ia ser como ele a tirar boas fotos da natureza. Eu já fui várias vezes com o senhor Carlos Rio e com outros amigos dele tirar fotos no Parque Natural Litoral Norte. Já fotografei com o Diogo Meira no seu abrigo e também já fui com o Tomás Martins fotografar o peto-real, que eu nunca tinha fotografado. É uma ave muito fugidia.
W: Que espécies e locais mais procuras e porquê?
Eu gosto de fotografar o guarda-rios porque é muito bonito, mas difícil de fotografar. O meu pai gosta mais do cartaxo. Eu fotografo aqui no Rio Neiva, porque é perto de casa, e em Fão, mas gosto de ir para outros sítios, como quando fui fotografar os abutres ou os flamingos. Gostava de fotografar um lobo, uma cabra-montez e uma águia-real.
W: O que te fascina na natureza e o que esta representa na tua vida?
Tiago Freitas: Gosto de andar na natureza porque é saudável e gosto de aprender coisas novas.
W: Há alguma mensagem que gostarias de deixar aos responsáveis pela conservação da natureza em Portugal?
Tiago Freitas: Fico triste quando vejo lixo no chão da floresta porque faz mal aos animais que lá vivem e eles não têm culpa. As pessoas deviam saber mais sobre a natureza e protegê-la para que não haja poluição. A natureza faz falta aos humanos e principalmente aos animais.
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