O macho Mel e as fêmeas Mesquita e Malva são os três linces-ibéricos libertados hoje no concelho de Mértola, para reforçar o núcleo populacional da região.
Este ano já foram libertados em Mértola quatro linces: Myrtilis, Mirandilla, Monfrague (os três a 25 de Janeiro) e Macela (a 8 de Fevereiro). Depois dos três animais de hoje, o plano ibérico de reintroduções de linces para 2016 prevê a libertação de mais dois felinos.
Mel, Mesquita e Malva, nascidos há cerca de um ano, são libertados pelo método de “solta dura”, ou seja, fora do cercado de adaptação, informa uma nota do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). À semelhança do que já vem acontecendo, os linces são “equipados com emissor que permite o seu seguimento e monitorização de movimentos no terreno”, pela equipa do projecto Iberlince.
Os nomes dos linces foram escolhidos pela população, para homenagear o património local.
Este ano, está prevista a libertação de um total de 48 linces-ibéricos em Portugal e em Espanha (Andaluzia, Extremadura e Castela-La Mancha). Na terça-feira passada, dia 16 de Fevereiro, foi libertada Malvasia, na área de reintrodução de Montes de Toledo, em Castela-La Mancha. É uma fêmea nascida no centro de criação em cativeiro de Zarza de Granadilla (Cáceres).
Actualmente, as equipas do projecto Iberlince no terreno acompanham nove linces libertados em 2014/2015 no Vale do Guadiana: Katmandu, Jacarandá, Kempo, Loro, Liberdade, Lluvia, Lagunilla, Luso e Lítio.
Ao mesmo tempo está a decorrer a época dos emparelhamentos e das cópulas nos cinco centros de reprodução em cativeiro, em Portugal e em Espanha. Este ano foram formados 23 casais reprodutores e são esperadas entre 28 a 40 crias.
O lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie que, até ao ano passado, estava classificada como “Criticamente em Perigo”. Em Junho de 2015, a União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) passou a espécie para a categoria “Em Perigo”. Dos 52 linces-ibéricos adultos em 2002 existiam 156 em 2012. Hoje serão mais de 300.