Noa e Navío, uma fêmea e um macho, respectivamente, foram libertados ontem de manhã na região de Guadalmellato (Córdova), um dia depois da fêmea Namibia ter sido reintroduzida em Vale de Matachel (Badajoz).
Namibia nasceu no Centro de Cria de Granadilla (Cáceres) e foi libertada a 24 de Abril na área do Vale de Matachel, mediante solta “dura”, segundo um comunicado do projecto Iberlince. Nesta zona existem 28 linces-ibéricos, dos quais apenas um é uma fêmea territorial, de acordo com o censo à população deste felino em 2016.
Um dia depois, a 25 de Abril, foi a vez de Noa e Navío. Estes linces foram libertados na zona de Guadalmellato, juntando-se aos quatro animais que já ali foram reintroduzidos este ano.
Os dois animais nasceram em cativeiro no Centro de Granadilla. Agora vivem em Guadalmellato, região onde já existe uma população de 55 linces, dos quais 14 são fêmeas territoriais. Esta população está ligada com a de Cardeña.
Estas reintroduções pretendem recuperar a distribuição histórica do lince-ibérico (Lynx pardinus) em Portugal e Espanha.
Actualmente existem 483 linces-ibéricos na natureza, segundo o censo de 2016. A maioria, 397, está nas populações da Andaluzia (Doñana-Aljarafe e Serra Morena: Guadalmellato, Guarrizas e Andújar-Cardeña). Além destes 397 animais, 19 vivem em Portugal, no Vale do Guadiana; 28 em Matachel (Badajoz), 23 em Montes Toledo (Toledo) e 16 na Serra Morena Oriental.