Ontem chegou a vez de Malabar, Marchés, Moraima e Mosquito. Estes quatro jovens linces-ibéricos, todos nascidos em cativeiro, foram reintroduzidos na natureza em duas regiões de Castela-La Mancha que conta já com seis linces libertados este ano. Marchés nasceu em Portugal.
Marchés, uma das 11 crias que nasceram em 2015 no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves, foi libertado em Montes de Toledo (Toledo), juntamente com o macho Malabar, nascido no centro de Zarza de Granadilla.
A fêmea Moraima (vinda também de Zarza de Granadilla) e o macho Mosquito (nascido no centro de El Acebuche, em Doñana) foram reintroduzidos na Serra Morena Oriental (Ciudad Real).
Antes, a 27 de Janeiro, os técnicos do projecto Iberlince tinham libertado Mirabel (Montes de Toledo) e Medellín (Serra Morena Oriental).
Até ao momento já foram libertados seis linces em Castela-La Mancha: três linces nos Montes de Toledo (estão previstos um total de 10 este ano) e outros três na Serra Morena Oriental (de um total de 9). Os responsáveis do projecto garantem que estes habitats “reúnem as condições necessárias para garantir a sobrevivência de uma população viável”.
Este ano, o projecto de reintroduções prevê soltar 48 linces em sete regiões da Península Ibérica, nove dos quais em Portugal. O grande objectivo é aumentar para 70 o número de fêmeas reprodutoras nos três núcleos da Serra Morena (50 em Andújar-Cardeña, 10 em Guadalmellato e 10 em Guarrizas) e para 25 em Doñana-Aljarafe.
Além disso, o projecto quer criar cinco novas áreas de reintrodução em Portugal, Castela-La Mancha, Extremadura, Murcia e Andaluzia, “com capacidade suficiente para conseguir populações de lince-ibérico auto-sustentáveis”.
Para que isto aconteça, é crucial conseguir que, pelo menos, 50% dos linces libertados se fixem nos territórios.