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Lince-ibérico. Foto: Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico

Fêmea e macho de lince-ibérico encontrados mortos em Espanha

01.08.2016

Um lince-ibérico macho foi encontrado morto na província de Jaén (Andaluzia) neste domingo, dois dias depois de o cadáver de uma fêmea ter sido encontrado em Montes de Toledo (Castela-La Mancha).

 

Neste domingo, os técnicos da Consejería de Ambiente andaluza receberam um aviso do atropelamento de um lince-ibérico na A4, na região de Bailen (Jaén), segundo um comunicado divulgado hoje pelo projecto LIFE Iberlince.

Este animal, que está radiomarcado, foi levado para o Centro de Análises e Diagnóstico da Fauna Silvestre da Junta da Andaluzia, onde está a ser feita a necrópsia.

Dias antes, ao final da tarde de sexta-feira, agentes do Ambiente encontraram o cadáver de uma fêmea de lince-ibérico, um animal que tinha sido libertado este ano na área de reintrodução de Montes de Toledo.

Este lince “foi encontrado no poço de uma propriedade privada” na região de Toledo, informa o comunicado. “O afogamento acidental parece ser a causa provável da morte” mas mais certezas só depois da necropsia.

Para evitar riscos para a fauna selvagem, os sócios do Iberlince “têm vindo a actuar em vários pontos de água, como poços, pequenas lagoas e depósitos de água”, acrescenta o comunicado.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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