O Jardim Botânico do Porto recebeu o galardão International Camellia Garden of Excellence pelo trabalho de investigação, conservação e promoção da sua colecção de camélias.
O galardão “Jardim de Excelência de Camélias”, atribuído por unanimidade por um júri de 26 especialistas, reconhece jardins que cultivam e conservam colecções de camélias e que trabalham para ampliar e valorizar o conhecimento sobre estas flores.
A colecção do Jardim Botânico do Porto integra cerca de 750 cultivares e espécies de camélias, algumas centenárias. As camélias do Jardim foram maioritariamente plantadas no século XIX e contam com cultivares de origem portuguesa como “Augusto Leal de Gouveia Pinto”, “Angelina Vieira”, “Dona Herzília de Freitas Magalhães”, “Perfeição de Villar”, “José Marques Loureiro”, “Conde do Bomfim”, “Dona Jane Andresen”, entre outras. Existem ainda cultivares de origem belga, italiana, inglesa, chinesa e norte-americana.
“O Jardim Botânico do Porto e a coleção de camélias são o resultado de um extraordinário trabalho de várias gerações que têm contribuído para a criação e preservação da estrutura verde que hoje vivenciamos”, comentou, em comunicado, Paulo Farinha Marques, director do Jardim. “Esta distinção é possível pelo empenho da um grupo dedicado, que desde 2015 voltou a dar especial atenção a este valor inquestionável da universidade, da cidade e da cultura portuguesa.”
A candidatura a este galardão foi apresentada pelo Jardim Botânico do Porto, em colaboração com a Associação Portuguesa de Camélias.
No âmbito desta candidatura, uma equipa de profissionais e apaixonados por estas flores fez uma maior aposta na identificação, mapeamento e manutenção da colecção.
“Neste momento prosseguem, nas estufas do Jardim Botânico do Porto, os trabalhos de reprodução de camélias com vista a aumentar e perpetuar a colecção existente”, adianta o comunicado.
Com a atribuição deste galardão, Portugal vê reconhecido o seu quarto “Jardim de Excelência de Camélias”, depois do Parque da Pena (Sintra), do Parque Terra Nostra (Açores) e da Quinta de Curvos (Esposende).
O galardão é atribuído a cada dois anos a jardins de todo o mundo por um júri de directores designado pela International Camellia Society, uma entidade internacional sem fins lucrativos que visa promover o conhecimento e a valorização das camélias.
O reconhecimento que advém da atribuição do galardão é válido por um período de 10 anos, após o qual os jardins são novamente alvo de avaliação.