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flor da myoporum laetum

Que espécie é esta: uma Myoporum laetum

09.02.2018

A leitora Lucília Domingues ficou curiosa sobre uma árvore que fotografou numa rua do Porto, cujas folhas e flores achou “muito bonitas e delicadas”, e que estava ainda florida no Inverno. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra dá-lhe a identificação.

 

Mióporo em forma de árvore
Myoporum laetum, numa rua do Porto

 

Tudo indica que esta árvore é uma Myoporum laetum, por vezes chamada de mióporo, que na verdade é um arbusto que pode chegar aos 10 metros de altura.

Espécie identificada e texto por: Consultório do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Esta planta é nativa da Nova Zelândia, muito utilizada em Portugal como ornamental. Pode ver-se por exemplo em sebes de jardins e também de parques de campismo, onde se tornou popular há algumas décadas, mas também já pode ser observada à beira de caminhos, na natureza.

 

flor da myoporum laetum

 

Nesta espécie as folhas são pontuadas por glândulas translucidas abundantes, visíveis a olho nu e a contra-luz, ao contrário de outra espécie do mesmo género (a Myoporum acuminatum), com a qual por vezes é confundida.

 

folhas contra-luz da Myoporum laetum

 

Há registos de toxicidade elevada das folhas da Myoporum laetum para os animais, principalmente gado que consuma a planta.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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