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Que espécie é esta: vespa oleira Rhynchium oculatum

23.06.2021

O leitor António Pereira fotografou esta vespa a 5 de Agosto de 2020 em Beja e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

A vespa foi fotografada na Nossa Senhora das Neves (aldeia a cerca de 6 km da Cidade de Beja). “Será uma vespa? Se for vespa, que tipo? Não é vespa asiática…”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratar-se-á da vespa oleira Rhynchium oculatum.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

São inofensivas.

Esta vespa faz parte da fauna autóctone da Europa mediterrânea. 

A vespa que o leitor encontrou pertence a um grupo de vespas pretas ou castanhas, com padrões contrastantes de amarelo ou laranja.

São chamadas vespas oleiras porque constroem os seus ninhos com uma mistura de terra e água regurgitada.

Os adultos destas vespas alimentam-se de néctar das flores. Mas as suas larvas precisam de outro tipo de alimento, normalmente larvas de besouros, aranhas ou lagartas que os progenitores levam para dentro dos ninhos.


Agora é a sua vez

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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