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Foto: Filipa Sousa

Que espécie é esta: vespa-mamute

09.07.2021

A leitora Filipa Sousa encontrou alguns insectos misteriosos a 22 de Maio, em Ovar, e pediu para saber a espécie. Maria João Verdasca responde.

“Encontrei alguns destes insectos a esvoaçar entre mimosas e consegui tirar duas fotos tremidas dos mesmos, devido ao vento que fazia nesse momento”, explicou Filipa Sousa, pedindo a identificação desses “seres coloridos”.

Trata-se de vespas-mamute, que têm o nome científico Megascolia maculata.

Foto: Filipa Sousa

Espécie identificada e texto por: Maria João Verdasca, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

A vespa-mamute é uma das maiores vespas da Europa. O corpo é escuro com dois pares de manchas amarelas sem pelos, no abdómen. Os machos têm a cabeça negra e antenas longas; as fêmeas exibem a cabeça amarela, antenas curtas e são maiores do que os machos. As fêmeas possuem ainda grandes mandíbulas destinadas a manipular as presas.

Estas vespas são solitárias e parasitam larvas de escaravelhos. A fêmea escava o ninho no solo, para o qual transporta uma larva hospedeira, paralisando-a com uma picada do ferrão. De seguida deposita, sobre ela, um ovo. A larva da vespa consome, de início, a hospedeira pelo exterior, mas depois penetra no seu interior.

Ao completar o desenvolvimento larvar, sai e tece um casulo no exterior, dentro do qual sofre a metamorfose e passa o Inverno. O adulto sai na Primavera seguinte, alimentando-se de pólen e néctar de diferentes plantas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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