“Dão um fruto parecido com o tomate cherry, mas verde, e o tronco apresenta uns espinhos de pequena dimensão”, descreveu o leitor José Rodrigues, que fotografou esta planta em Dezembro, muito perto da barragem de Morgavel (Sines), e quis saber a identificação. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra dá-lhe a resposta.
Tudo indica que esta planta é um tomateiro-do-diabo (Solanum linnaeanum), também conhecida por tomateiro-de-Sodoma.
Espécie identificada por: Consultório do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).
Este arbusto pode atingir até dois metros de altura e é muito ramificado, com espinhos que podem chegar aos 15 milímetros. É uma planta exótica, natural dos países da África Austral, mas naturalizada em muitas outras regiões do mundo, como o Sul da Europa e a América do Norte. Também está presente na Austrália e na Nova Zelândia, dois dos países onde se tornou invasora.
O tomateiro-do-diabo pertence à família das Solanáceas (Solanaceae), onde se encontram plantas como a batata, a beringela e o tomateiro comum. No entanto, ao contrário destas, é uma planta tóxica, que não pode ser ingerida por humanos e animais.
Em Portugal, é uma planta naturalizada com potencial invasor, como indica o Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras em Portugal. “Surge escapada com alguma frequência em zonas arenosas do Sudoeste Alentejano”, descrevem as autoras do livro. O tomateiro-do-diabo pode ser encontrado na Estremadura, Baixo Alentejo e Algarve, por exemplo em praias e zonas costeiras.
[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.
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