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ramo de um tomateiro-do-diabo, com os frutos amarelos
Foto: José Rodrigues

Que espécie é esta: um tomateiro-do-diabo

02.02.2018

“Dão um fruto parecido com o tomate cherry, mas verde, e o tronco apresenta uns espinhos de pequena dimensão”, descreveu o leitor José Rodrigues, que fotografou esta planta em Dezembro, muito perto da barragem de Morgavel (Sines), e quis saber a identificação. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra dá-lhe a resposta.

 

ramo de um tomateiro-do-diabo, com os frutos amarelos
Foto: José Rodrigues

 

Tudo indica que esta planta é um tomateiro-do-diabo (Solanum linnaeanum), também conhecida por tomateiro-de-Sodoma.

Espécie identificada por: Consultório do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

 

tomateiro-do-diabo
Foto: José Rodrigues

 

Este arbusto pode atingir  até dois metros de altura e é muito ramificado, com espinhos que podem chegar aos 15 milímetros. É uma planta exótica, natural dos países da África Austral, mas naturalizada em muitas outras regiões do mundo, como o Sul da Europa e a América do Norte. Também está presente na Austrália e na Nova Zelândia, dois dos países onde se tornou invasora.

O tomateiro-do-diabo pertence à família das Solanáceas (Solanaceae), onde se encontram plantas como a batata, a beringela e o tomateiro comum. No entanto, ao contrário destas, é uma planta tóxica, que não pode ser ingerida por humanos e animais.

 

flor do tomateiro-do-diabo, roxa e com centro amarelo
Flor do tomateiro-do-diabo. Foto: J. Camejo/Flora-On

 

Em Portugal, é uma planta naturalizada com potencial invasor, como indica o Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras em Portugal. “Surge escapada com alguma frequência em zonas arenosas do Sudoeste Alentejano”, descrevem as autoras do livro. O tomateiro-do-diabo pode ser encontrado na Estremadura, Baixo Alentejo e Algarve, por exemplo em praias e zonas costeiras.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

 

 

 

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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