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Que espécie é esta: toutinegra-de-cabeça-preta

24.03.2022

A leitora Sandra Reis fotografou esta ave a 18 de Março, em Setúbal, e quis saber qual a espécie e o que fazer. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

“Encontrei este passarinho que se deixou apanhar na rua, dia 18/03/2022 pelas 15h30. Acolhi-o e trouxe-o para casa. Não sei o que fazer nem como tratar. Pesquisei na net e acho que é uma toutinegra”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma toutinegra-de-cabeça-preta (Curruca melanocephala).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Sim, é uma toutinegra-de-cabeça-preta (Curruca melanocephala), macho. O melhor é mesmo libertar a ave onde a encontrou e ver se ela voa. Se voar, é deixá-la ir à vida dela. Se não voar, contactar o SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR) e pedir para enviar para um centro de recuperação”, explicou Gonçalo Elias. 

Aqui estão os contactos do SEPNA: [email protected] ou 808 200 520.

Segundo o portal Aves de Portugal, esta é uma das mais abundantes toutinegras da nossa avifauna. Tem a cabeça preta, no caso dos machos, garganta branca e um visível anel orbital avermelhado. As fêmeas são mais acastanhadas na cabeça e menos escuras no dorso.

É uma espécie bem adaptada a zonas de matos, bosques com sub-coberto desenvolvido, e mesmo a jardins urbanos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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