O leitor João Tiago observou esta tartaruga já sem vida na praia de Armação de Pêra, Algarve, a 29 de Janeiro e pediu ajuda para identificar a espécie. Mónica Albuquerque responde.
Trata-se de uma tartaruga-comum (Caretta caretta).
Espécie identificada por: Mónica Albuquerque, assessora de Biodiversidade Marinha na Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC).
“A tartaruga pertence à espécie Caretta caretta (Tartaruga-comum). Trata-se de uma espécie protegida pela Diretiva Habitats da UE (Natura 2000) e por outros 12 acordos internacionais. Mais informação aqui“, respondeu Mónica Albuquerque.
A tartaruga-comum é uma espécie migradora (não reprodutora) visitante nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. É nas águas oceânicas em redor destas ilhas que estas tartarugas passam grande parte da fase inicial do seu ciclo de vida, entre seis a 12 anos, com uma missão: procurar alimento nas frentes oceânicas. São animais que nasceram nas costas ocidentais do Atlântico Norte (Estados Unidos e México).
Estes animais, essencialmente juvenis, fazem parte de uma população mais ampla que abrange grande parte do Atlântico Norte Central e Ocidental.
Enquanto as tartarugas juvenis ocorrem exclusivamente em alto mar, os adultos têm hábitos costeiros.
Mas as águas portuguesas não são isentas de perigos para estas tartarugas juvenis. Segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (2005), “o principal factor de ameaça à espécie é a captura acidental por artes de pesca”. Mas não só. Os plásticos, o crude e os apetrechos de pesca abandonados (como linhas e redes) são outra ameaça, nomeadamente através de enredamento e ingestão. Assim como a interacção com embarcações.
Agora é a sua vez.
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