O leitor Luís Gens fotografou este ramo em Março em Sintra e pediu para saber qual a espécie. Carine Azevedo responde.
“Acompanho o vosso site e crónicas e fiquei sensibilizado para a situação da espécie em assunto. No local onde trabalho em Sintra estava uma árvore enorme parecida e um ramo caído que fotografei. É uma Taxus baccata ou é outra semelhante?”, perguntou o leitor à Wilder.
Trata-se de uma sequoia (Sequoia sempervirens).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Não, não é um Teixo (Taxus baccata), embora também existam vários exemplares com porte arbóreo em Sintra.
As fotografias são de sequoia (Sequoia sempervirens), espécie da família Cupressaceae.
A sequoia é uma espécie nativa do Oregon e da Califórnia, no entanto foi introduzida em várias regiões do mundo, nomeadamente no continente europeu. Em Portugal ocorre em vários parques, jardins e matas.
É uma árvore que apresenta uma copa piramidal, que pode atingir 100 metros de altura e viver mais de 1000 anos.
A casca é castanho-avermelhada, dura, sulcada e muito grossa.
As folhas são persistentes, semelhantes a agulhas, planas, rígidas e pontiagudas. Distribuem-se em duas fileiras, são verdes na página-superior e ligeiramente glaucas na inferior.
Os cones ou pinhas são pequenos, castanhos-avermelhados quando maduros e com cerca de três centímetros de comprimento.
A sequoia é considerada a espécie de ser vivo mais alta do planeta. A sequoia mais alta é conhecida como Hyperion, com pouco mais de 115 metros de altura e cerca de 15 metros de perímetro de tronco e está situada no Parque Nacional de Redwood, na Califórnia.
Além de estar entre os maiores organismos vivos do planeta, a sequoia é também uma das árvores mais antigas, existindo exemplares com mais de 2000 anos.
Agora é a sua vez.
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