A leitora Paula Silva fotografou estes fungos em Vilarandelo, Valpaços, a 25 de Março, e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.
“Como sou amante da natureza, adorava que me ajudassem a identificar este cogumelo. Hoje (25 de Março) encontrei vários numa pequena área de um terreno meu. Têm um aroma bastante intenso, mesmo a cogumelo, muito curioso! Estão num terreno de 2 ha que possuo aqui em Vilarandelo, concelho de Valpaços. Onde os vi encontram-se dispersos alguns pinheiros, zimbros, cedros, carvalhos, estevas e algumas plantas de jardim dispersas”, escreveu a leitora à Wilder.
Tratar-se-ão de selas de elfos (Helvella lacunosa).
Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.
As fotos não são muito claras, pois apenas registaram o himenóforo (parte superior do fungo/chapéu), mas parece tratar-se de uma Helvella lacunosa (sensu lato).
São espécies relativamente comuns, especialmente na nossa ecologia, e em zonas de solos mais franco-arenosos, apesar do seu caráter cosmopolita. (Temos observado esta espécie um pouco por todo o território nacional).
Inserem-se no Filo Ascomycota, na família Helvellaceae.
A dispersão dos esporos é efetuada pela parte superior do himenóforo. Os esporos encontram-se numas estruturas denominadas por ascos, que contém no seu interior até 8 esporos. Quando atingem a maturidade estes ascoso “disparam” os esporos que depois são dispersos pelos agentes climáticos.
São conhecidos por selas de elfos ou de cavalo, pela forma do himenóforo.
São espécies saprófitas/decompositoras e terrícolas (crescem no solo), de pequena estatura (entre 4 a 8 cm de altura, com 3 a 6 cm de diâmetro de himenóforo; já o pé, de forma cavernosa e tonalidades cinzentas, pode ter entre 3 a 8cm de altura e 1 a 3 cm de largura).
Agora é a sua vez.
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