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Que espécie é esta: sapo-comum

04.02.2022

A leitora Virginia Jacob viu este sapo a 1 de Outubro de 2021 em São Pedro d’Este, Braga, e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

Trata-se de um sapo-comum (Bufo spinosus). Em alguns guias, ainda aparece com o nome antigo Bufo bufo.

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Este é um sapo-comum, Bufo spinosus (até há algum tempo Bufo bufo). É o “sapo-das-hortas” e morre afogado nas piscinas se ficar lá muito tempo.

Apesar de ser um anfíbio, não sobrevive muito tempo debaixo de água, especialmente no Verão, quando a água está mais quente e por isso tem menos oxigénio dissolvido. Por isso são frequentes os afogamentos em piscinas. Se lá cair, devem tentar tirá-la. 

Esta sapo é comummente encontrado em hortas e jardins e é famoso como “ajudante” dos hortelãos, porque come muitos caracóis e lesmas.

Os olhos vermelhos são o que facilita a sua identificação, pois há outra espécie semelhante em Portugal, mas com olhos verdes.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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