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Que espécie é esta: saltão-cabeça-de-cone

30.10.2018

O leitor João Mota fotografou este insecto a 9 de Setembro em Aveiro e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

O insecto foi fotografado, cerca das 21h00, num quintal no centro da cidade de Aveiro. “Pelo aspecto diria que é um gafanhoto mas pelo ruído que fazia parecia uma cigarra”, contou João à Wilder.

Segundo o leitor, o animal teria entre quatro a seis centímetros.

“Calculo que seja algo de muito básico mas não sei mais a quem perguntar.”

 

 

A espécie que observou é um saltão-cabeça-de-cone (Ruspolia nitidula).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

É um saltão-cabeça-de-cone (Ruspolia nitidula), uma espécie bastante comum nesta época do ano, principalmente nas proximidades de linhas de água e outras zonas húmidas. Pertence, na verdade, ao grupo dos gafanhotos – Ordem Orthoptera.

Pode apresentar uma coloração amarelada, como na foto, esverdeada, ou mesmo rosada. Mas o seu tamanho grande, corpo esbelto e forma da cabeça, tornam-na inconfundível.

Esta espécie tem atividade noturna e é mais facilmente detetável pelo seu canto contínuo e metálico, que pode ser ouvido aqui.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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