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Que espécie é esta: grilo-de-sela-gordo-da-cruz

10.10.2024

O leitor Pedro Tavares fotografou este insecto a 5 de Outubro junto ao rio Paivô, entre Bouceguedim e a freguesia Jenarde, distrito de Aveiro, e pediu ajuda para saber qual a espécie. Francisco Barros responde.

Trata-se de um grilo-de-sela-gordo-da-cruz (Lluciapomaresius asturiensis).

Espécie identificada e texto por: Francisco Barros, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Trata-se de um grilo-de-sela Llucapomaresius asturiensis.

As espécies do género Lluciapomaresius são conhecidas como gordos-da-cruz, pela marca negra em forma de crucifixo que têm no pronoto. O pronoto é a face dorsal do primeiro segmento dos insectos.

“Os grilos-de-sela distinguem-se por terem grandes dimensões, pelo pronoto (zona atrás da cabeça) muito desenvolvido que lembra uma sela de montar e pelas tégminas (nome dado às anteriores endurecidas dos ortópteros) muito reduzidas e de forma arredondada”, tinha já explicado a especialista Eva Monteiro, do Tagis, numa identificação anterior.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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