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Que espécie é esta: rolieiro-de-barriga-azul

27.05.2021

A leitora Joana Rosa enviou-nos uma fotografia tirada pelo seu tio na Murteira, Loures, a 24 de Maio, e pediu para saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“O meu tio tirou foto a esta ave na zona da Murteira, Loures, no dia 24 de Maio de 2021. Será que conseguem ajudar na identificação?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um rolieiro-de-barriga-azul (Coracias cyanogaster).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Pedi opiniões a várias pessoas e a conclusão é que só poderá ser uma fuga, uma vez que esta ave se distribui pela África subsariana e não é uma espécie migradora. Além disso é relativamente frequente em parques zoológicos”, explicou Gonçalo Elias.

O rolieiro-de-barriga-azul reproduz-se em África, do Senegal ao nordeste da República Democrática do Congo. É residente, além de alguns movimentos sazonais locais, em savanas húmidas maduras.

É um rolieiro grande, que pode chegar aos 30 centímetros de comprimento.

Em Portugal ocorre a espécie de rolieiro Coracias garrulus. É uma das aves mais coloridas de Portugal mas é cada vez mais difícil de observar. Esta espécie não terá mais do que 100 casais nidificantes, segundo o portal Aves de Portugal, e está classificada como Criticamente Em Perigo de extinção.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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