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Que espécie é esta: rela-ibérica

13.01.2022

O leitor Pedro Gomes fotografou este anfíbio a em Abril de 2019 na Várzea de Meruge, Seia, e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

Trata-se de uma rela-ibérica (Hyla molleri); o nome anterior era rela-comum (Hyla arborea molleri).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Esta rela está inchada como reacção de defesa por ter sido apanhada. O objectivo é parecer maior e por isso não ser comida…

Esta espécie torna-se mais activa e visível na Primavera, que é quando se reproduz.

Nos guias mais antigos, esta espécie aparece como Hyla arborea. Durante algum tempo pensou-se que esta espécie (a H. molleri), encontrada no centro e norte da Península Ibérica, era a mesma que é encontrada em grande parte da Europa Ocidental (a H. arborea). 

No entanto, a genética veio mostrar que os indivíduos da Península Ibérica constituem uma espécie diferente.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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