A leitora Isabel Poeira encontrou estas rãs e esta cobra a 8 de Outubro na Ribeira de Sintra e pediu para saber a que espécie pertencem. Rui Rebelo responde.
“Resido na Ribeira de Sintra e tenho um grande tanque onde habitam uma série de rãs, pequenas, grandes e muitos girinos. Hoje (8 de Outubro) encontrei este novo habitante. Podem ajudar-me a identificar (desconfio que seja a cobra de água de colar), a saber se é inofensivo para nós e para as rãs?
Envio fotografia da cobra, um pequeno vídeo para que possam ver quais são as rãs (se bem que umas parecem diferentes das que estão no vídeo) e também fotografias das pequenas e dos girinos”, escreveu à Wilder.
Tratam-se de rãs-verdes-comuns (Pelophylax perezi) e da cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora).
Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Todas as rãs do vídeo são a rã-verde-comum, Pelophylax perezi. E nas fotos também se trata da mesma espécie (se bem que indivíduos juvenis). A foto dos girinos não permite a identificação, mas é muito provável que se trate da mesma espécie, claro.
E é boa a ideia da colocação de flutuadores nos tanques para que os animais possam aquecer (ou até sair para fora, se quiserem).
E posso adiantar que a cobra é de fato uma cobra-de-água-de-colar, Natrix astreptophora. Perfeitamente inofensiva para os humanos… mas bastante perigosa para as rãs, que são um dos seus alimentos favoritos; é por causa delas que andará por lá.
Mas é claro que deve ser deixada em paz – há muitas rãs no tanque, a cobra come pouco e esporadicamente e há muito menos cobras-de-água-de-colar no mundo que rãs-verdes-comuns.
Agora é a sua vez.
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