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Que espécie é esta: rabo-de-raposa

10.03.2022

A leitora Teresa Ribeiro fotografou esta planta a 16 de Maio de 2021 em São Cosme, Gondomar, e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se da espécie rabo-de-raposa (Polypogon monspeliensis).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

As fotografias dizem respeito a inflorescências de uma planta vulgarmente conhecida como rabo-de-raposa, rabo-de-zorra-macio ou erva-fina (Polypogon monspeliensis).

É uma planta gramínea, anual, da família Poaceae. A sua distribuição nativa compreende a região da Macaronésia, Oeste e Sul da Europa, sul da Ásia e norte de África. Em Portugal ocorre em todo o território continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

É comum de zonas húmidas e frescas, como margens de cursos de água, em areias litorais, pauis e em arrozais e outros campos de cultivo. 

É uma planta com caules cilíndricos de nós bem marcados, direitos, por vezes ascendentes ou decumbentes que se formam a partir da base em todas as direções. As folhas são ásperas, de margens recortadas de forma desigual, como se tivesse sido rasgada. As flores surgem dispostas num tirso – uma inflorescência compacta, com o eixo principal indeterminado, estreito e largamente oblongo, de cor verde-claro a amarelado.  


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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