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Que espécie é esta: rabirruivo-preto juvenil

12.08.2020

A leitora Elsa Jofre encontrou esta ave com as patas enredadas em plásticos, a 3 de Maio, em Alenquer, e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Encontrei esta ave com as patinhas enrodilhadas por fita plástica. Consegui libertá-la deste tormento e soltei-a, voando ela logo de seguida”, contou a leitora à Wilder.

 

 

“Ela tinha penas escuras mas a cauda na parte de baixo era cor de tijolo. Pelo bico parece-me insectívora.”

 

 

“Perto do sítio onde a soltei (e que foi o sítio onde a apanhei) encontrava-se um adulto de cor escura e também com a cauda cor de tijolo. Podem ajudar-me a identificar?”

Trata-se de um rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros), ave também conhecida por rabirruivo, carvoeiro e pisco-ferreiro, entre outros nomes comuns.

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A ave que a leitora encontrou é um juvenil.

Os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.

Segundo o livro “Aves de Portugal”, os rabirruivos costumam pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora. Alimentam-se quase sempre de insectos e outros invertebrados.

Como nidificantes, estas aves distribuem-se sobretudo para norte do Tejo, sendo mais escassas e localizadas no Sul do país.

No Inverno, aos rabirruivos residentes em Portugal, que estão agora em fase de reprodução, juntam-se os rabirruivos migradores invernantes. Estes vêm da Europa Central e Ocidental e por estes dias já regressaram às suas casas.

Pode saber mais sobre esta espécie, incluindo onde a procurar, no portal Aves de Portugal.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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