A leitora Elsa Jofre encontrou esta ave com as patas enredadas em plásticos, a 3 de Maio, em Alenquer, e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.
“Encontrei esta ave com as patinhas enrodilhadas por fita plástica. Consegui libertá-la deste tormento e soltei-a, voando ela logo de seguida”, contou a leitora à Wilder.
“Ela tinha penas escuras mas a cauda na parte de baixo era cor de tijolo. Pelo bico parece-me insectívora.”
“Perto do sítio onde a soltei (e que foi o sítio onde a apanhei) encontrava-se um adulto de cor escura e também com a cauda cor de tijolo. Podem ajudar-me a identificar?”
Trata-se de um rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros), ave também conhecida por rabirruivo, carvoeiro e pisco-ferreiro, entre outros nomes comuns.
Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.
A ave que a leitora encontrou é um juvenil.
Os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.
Segundo o livro “Aves de Portugal”, os rabirruivos costumam pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora. Alimentam-se quase sempre de insectos e outros invertebrados.
Como nidificantes, estas aves distribuem-se sobretudo para norte do Tejo, sendo mais escassas e localizadas no Sul do país.
No Inverno, aos rabirruivos residentes em Portugal, que estão agora em fase de reprodução, juntam-se os rabirruivos migradores invernantes. Estes vêm da Europa Central e Ocidental e por estes dias já regressaram às suas casas.
Pode saber mais sobre esta espécie, incluindo onde a procurar, no portal Aves de Portugal.
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