PUB

Que espécie é esta: rabirruivo-preto

12.11.2021

A leitora Mafalda Gonçalves fotografou esta ave em Novembro numa garagem de Guimarães e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Há uma semana que todas as noites um passarinho dorme na garagem. De manhã quando saímos de casa já não está lá, e ao final do dia regressa. O passarinho está imóvel e de olhos abertos, sempre naquele sítio. Vivo em Guimarães, na freguesia da Costa (5km da Montanha da Penha). Podem pf ajudar a identificar?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de um rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros), ave também conhecida por rabirruivo, carvoeiro e pisco-ferreiro, entre outros nomes comuns.

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Esta espécie nidifica frequentemente em construções humanas, incluindo habitações, armazéns, castelos e edifícios arruinados, mas também ocorre em áreas rochosas longe de zonas habitadas”, explicou Gonçalo Elias.

Os rabirruivos têm um característico “tique nervoso” de cauda. Os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.

Segundo o livro “Aves de Portugal”, os rabirruivos costumam pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora. Alimentam-se quase sempre de insectos e outros invertebrados.

Como nidificantes, estas aves distribuem-se sobretudo para norte do Tejo, sendo mais escassas e localizadas no Sul do país.

No Inverno, aos rabirruivos residentes em Portugal juntam-se os rabirruivos migradores invernantes. Estes vêm da Europa Central e Ocidental.

Pode saber mais sobre esta espécie, incluindo onde a procurar, no portal Aves de Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss