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Que espécie é esta: rã-ibérica

15.11.2024

A leitora Isabel Gonçalves encontrou este anfíbio a 24 de Abril no seu jardim na vertente poente da Serra da Estrela e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

“Fotografei este batráquio junto a um tanque que recolhe os restos da água de uma fonte. A localização é na Serra da Estrela, vertente poente, mais ou menos cerca de 700 metros de altitude”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma rã-ibérica (Rana iberica).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

É uma rã-ibérica, Rana iberica. O modo de vida desta espécie e os habitats que frequenta são bem diferentes dos da mais comum rã-verde, Pelophylax perezi. Em Portugal é uma rã relativamente comum em altitude a norte do Tejo.

A única espécie de rã castanha que existe em Portugal é esta. E é uma das mais aquáticas de todas. Mesmo assim, não é de admirar que apareça em locais sem água quando o habitat é muito bom.

As rãs castanhas (há várias espécies ao longo da Europa) são muito terrestres e só costumam estar na água na altura da reprodução. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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