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Que espécie é esta: rã-ibérica

06.05.2020

O leitor José Manuel Costa encontrou este animal a 21 de Abril em Alegrete, Portalegre, e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

 

“Tenho uma propriedade numa encosta da serra de São Mamede, voltada a sul pertinho de Alegrete, e que é atravessada por um pequeno ribeiro que até deixa de correr no Verão, mas onde há pequenos charcos que nunca secam”, contou o leitor à Wilder.

“Andei a limpar algumas partes e já me tinham saltado à frente estas pequenas rãs. Fiquei muito feliz por as ver ali. E até dividem o ribeiro com a rã verde, e lá consegui uma foto com o telemóvel.”

 

 

Trata-se de uma rã-ibérica (Rana iberica).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Em Portugal, a rã-ibérica distribui-se de forma praticamente contínua a norte do rio Tejo.

Este registo de José Manuel Costa é muito interessante pela localização onde foi feito.

Isto porque asta rã existe só a Norte do rio Tejo.. Mas há uma excepção. Há um núcleo isolado na serra de São Mamede.

É uma espécie de montanha, e mesmo na Serra de São Mamede é mais abundante em zonas mais frias que Alegrete.

Este animal foi visto mesmo no limite sul do isolado mais a sul.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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