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Que espécie é esta: planária Symsagittifera roscoffensis

27.01.2022

A leitora Cristina Oliva encontrou estes seres minúsculos na praia da Manta Rota, Algarve, no final de Dezembro de 2021 e pediu ajuda na identificação. Mónica Albuquerque e Gonçalo Calado respondem.

Cristina Oliva encontrou estes organismos verdes que estão na concha e que na areia parecem manchas verde escuro no final de dezembro mas também já os viu no Verão. “Já soube a identificação mas… não consigo lembrar-me”, comentou à Wilder.

Trata-se da espécie de planária Symsagittifera roscoffensis (nome antigo Convoluta roscoffensis).

Espécie identificada por: Mónica Albuquerque, assessora de Biodiversidade Marinha na Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) e por Gonçalo Calado, biólogo e professor da Universidade Lusófona.

Esta é espécie de planária com cloroplastos. As planárias são vermes achatados que pertencem ao filo Platelmintos e que medem cerca de quatro milímetros.

Parecem-se com algas marinhas porque nos seus corpos transparentes vivem microalgas Tetraselmis, que contêm clorofila e fazem a fotossíntese. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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