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Que espécie é esta: pica-pau-verde

30.05.2022

A leitora Leonor Galvão fotografou esta ave a 29 de Maio no Porto e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

“Mais uma vez venho-vos pedir ajuda para identificar um passarinho que encontrei. Foi a 29 de Maio de 2022, por volta das 11h30, no Porto, na zona do Fluvial. Estava ferido na cabeça e a ser alvo de ataques de pegas-rabudas. Chamámos o Centro de Recolha de Animais e vieram passado pouco tempo. 
Não sei se fiz bem… Se não estou a interferir com a Natureza. Mas não consegui deixar ali o animal”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um pica-pau-verde (Picus sharpei).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“É um pica-pau-verde Picus sharpei. Nalguns guias ainda aparece com o nome Picus viridis, mas as populações ibéricas foram recentemente separadas das do resto da Europa e promovidas à categoria de espécie, daí a diferença de nomes”, explicou Gonçalo Elias.

“E sim, quando se encontra uma ave ferida a opção de encaminhar para o centro de recuperação é a mais correcta.”

O pica-pau-verde é o maior dos nossos pica-paus e também pode ser conhecido como peto-verde ou peto-real, explica o portal Aves de Portugal.

Tem o corpo verde, coroa vermelha e um voo ondulado.

Pode ser visto por todo o território em qualquer zona densamente florestada, especialmente em pinhais.

Podemos vê-lo durante todo o ano, dado ser uma espécie residente.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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