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Que espécie é esta: percevejo-frade

10.10.2021

A leitora Raquel Leite fotografou este insecto em Lisboa a 16 de Março de 2019 e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Félix responde.

“Seguem duas fotos tiradas no dia 16/03/2019 em Lisboa (Jardim Fernando Pessa) para ajudarem na identificação”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um percevejo-frade (Nezara viridula).

Espécie identificada e texto por: Rui Félix, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Creio tratar-se de uma Nezara viridula, também conhecida por “Frade”, um percevejo que pertence à família Pentatomidae.

São frequentemente chamados de percevejos fedorentos por causa do odor desagradável que muitas das suas espécies exalam. Este produto muito pungente ao nível do aroma é uma secreção glandular exsudada pelos poros do tórax, quando se sentem ameaçados. 

Algumas espécies exalam um odor de amêndoa amarga rançoso (cianeto) e outras, como é o caso do “Frade” (Nezara viridula), exalam um odor muito semelhante ao do coentro (aldeídos).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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