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Que espécie é esta: pepino-de-são-gregório

08.09.2021

A leitora Susana Ferreira fotografou esta planta na zona do Taguspark, Oeiras, na primeira semana de Setembro e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

“Na zona do Taguspark, Oeiras, na semana passada, encontrei esta planta. Que espécie é?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um pepino-de-são-gregório (Ecballium elaterium).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

O pepino-de-são-gregório (Ecballium elaterium) pertence à família Cucurbitaceae.

É uma espécie ruderal, nativa do sul da Europa e da Região mediterrânica. Em Portugal é comum um pouco por todo o território, preferencialmente em meios humanizados, junto à berma de caminhos, muros, incultos, entulhos e outros locais perturbados.

O pepino-de-são-gregório é uma planta rastejante, que ramifica apenas na base, e que é totalmente revestida de pêlos esbranquiçados e rígidos.

É uma espécie medicinal, no entanto é necessário algum cuidado na sua utilização, pois também é altamente tóxica.

A forma de dispersão das suas sementes é bastante curiosa. Os frutos, quando maduros, ao serem tocados “explodem” de imediato, libertando e projetando (a uma distância considerável) as sementes envolvidas num suco pegajoso que, quando em contacto com a pele, pode tornar-se cáustico e irritante. É por isso que no Reino Unido é conhecido como “pepino-explosivo” (“exploding cucumber”).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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