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Que espécie é esta: osga-comum

02.09.2021

A leitora Nina Sofia fotografou este réptil na Tapada das Mercês a 19 de Maio, e pediu ajuda na identificação. O investigador Luís Ceríaco responde.

“Deparei-me com este inquilino na parede da casa de banho, da minha casa num 7º andar. Tenho um medo irracional a insectos, répteis e aracnídeos. Para além disso tenho gatos e uma cadela. Devo preocupar-me?”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de uma osga-comum (Tarentola mauritanica).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

“São animais muito comuns na zona mediterrânica e ocorrem por todo o país. Apesar de muitos mitos que correm sobre elas, são completamente inofensivas para o homem.”

“Estes são animais benéficos. Comem mosquitos à noite, pelo que são do melhor a ter no quintal!”

A osga-comum é uma espécie que se pode encontrar na Europa, mais especificamente na Bacia do Mediterrâneo e nalgumas zonas costeiras e no Norte de África.

Em Portugal, está espalhada praticamente por todo o território continental – em especial no Algarve, junto à fronteira com Espanha, e ainda na área de Lisboa e na Península de Setúbal, detalha o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. Também se encontra na Madeira, onde foi introduzida.

Este pequeno réptil pode ser encontrado em rochas, muros e locais pedregosos ou troncos de árvores, mas também é frequente junto a habitações.

A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica esta espécie como Pouco Preocupante no que respeita à sua conservação. No entanto, considera que pode estar ameaçada no Egipto, onde osgas têm sido capturadas para serem vendidas para outros países como animais de estimação.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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