A leitora Nina Sofia fotografou este réptil na Tapada das Mercês a 19 de Maio, e pediu ajuda na identificação. O investigador Luís Ceríaco responde.
“Deparei-me com este inquilino na parede da casa de banho, da minha casa num 7º andar. Tenho um medo irracional a insectos, répteis e aracnídeos. Para além disso tenho gatos e uma cadela. Devo preocupar-me?”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma osga-comum (Tarentola mauritanica).
Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
“São animais muito comuns na zona mediterrânica e ocorrem por todo o país. Apesar de muitos mitos que correm sobre elas, são completamente inofensivas para o homem.”
“Estes são animais benéficos. Comem mosquitos à noite, pelo que são do melhor a ter no quintal!”
A osga-comum é uma espécie que se pode encontrar na Europa, mais especificamente na Bacia do Mediterrâneo e nalgumas zonas costeiras e no Norte de África.
Em Portugal, está espalhada praticamente por todo o território continental – em especial no Algarve, junto à fronteira com Espanha, e ainda na área de Lisboa e na Península de Setúbal, detalha o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. Também se encontra na Madeira, onde foi introduzida.
Este pequeno réptil pode ser encontrado em rochas, muros e locais pedregosos ou troncos de árvores, mas também é frequente junto a habitações.
A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica esta espécie como Pouco Preocupante no que respeita à sua conservação. No entanto, considera que pode estar ameaçada no Egipto, onde osgas têm sido capturadas para serem vendidas para outros países como animais de estimação.
Agora é a sua vez.
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