O leitor Joel Carvalho fotografou este réptil na aldeia de Coelheira, São Pedro do Sul, a 12 de Maio e pediu ajuda na identificação. Guilherme Caeiro-Dias responde.
“Envio mais um registo fortuito de um ‘lagarto’ para catalogação! Foto capturada em Maio 2023 na aldeia de Coelheira, S. Pedro do Sul”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma osga-comum (Tarentola mauritanica).
Espécie identificada e texto por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.
“Nesta foto vemos uma osga-comum (Tarentola mauritanica). Apesar de ser comum observar esta espécie activa em noites mais quentes, não é infrequente observar esta espécie activa durante o dia”, respondeu Guilherme Caeiro-Dias.
A osga-comum é uma espécie que se pode encontrar na Europa, mais especificamente na Bacia do Mediterrâneo e nalgumas zonas costeiras e no Norte de África.
Em Portugal, está espalhada praticamente por todo o território continental – em especial no Algarve, junto à fronteira com Espanha, e ainda na área de Lisboa e na Península de Setúbal, detalha o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. Também se encontra na Madeira, onde foi introduzida.
Este pequeno réptil pode ser encontrado em rochas, muros e locais pedregosos ou troncos de árvores, mas também é frequente junto a habitações.
A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica esta espécie como Pouco Preocupante no que respeita à sua conservação. No entanto, considera que pode estar ameaçada no Egipto, onde osgas têm sido capturadas para serem vendidas para outros países como animais de estimação.
Agora é a sua vez.
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