O leitor Johnny Richard fotografou esta planta a 24 de Janeiro no Rio de Janeiro, Brasil, e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.
“Olá, me chamo Johnny e tenho 23 anos. Estava procurando no Google um tipo ou espécie de orquídea, e encontrei o site de vocês por acaso. Confesso que me apaixonei por descobrir tantas espécies de animais e plantas. Vi que talvez vocês poderiam me ajudar e resolvi mandar um email. Tudo começou no dia 24 de janeiro. Fomos visitar um amigo da minha mãe que mora em um sítio bem distante de onde moramos, abaixo da cachoeira do Monjolo em santo Aleixo, Magé. Fica no Rio de Janeiro. Lá me deparei com uma orquídea intrigante, nunca tinha visto antes, mas eu sabia que era uma orquídea por cousa das raízes na árvore. Como eu não tinha trago meu telefone e minha mãe também não, perguntei sobre a orquídea a ele. Ele não soube me dizer pois não conhece esse tipo de planta e disse que já tinha ela há anos. Resolvi procurar no Google, porém não encontrei nenhuma informação e nem o nome. Achei uma foto dela com flor no Pinterest, mas nenhuma informação sobre a espécie ou seu nome. Se puderem me ajudar eu agradeço muito!”, escreveu o leitor à Wilder.
Tratar-se-á de uma sobrália (Sobralia warszewiczii), também conhecida como orquídea-bambu.
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Tudo indica que a planta da fotografia é uma sobrália (Sobralia warszewiczii), também conhecida como orquídea-bambu.
É uma espécie nativa da América Central, em países como a Costa Rica, Honduras, Nicarágua e Panamá.
Sobralia é um género botânico que pertence à família Orchidaceae.
São plantas rizomatosas, de caules robustos e altos, em regra com crescimento simpodial (não ramificado). Podem crescer tanto em ambiente terrestre como epífita (sobre as árvores).
As folhas são finas, plicadas (o limbo encontra-se “dobrado” em pregas,no sentido longitudinal, como um leque fechado) com nervuras bem pronunciadas. Dispõem-se alternadamente ao longo do caule, são mais ou menos brilhantes, de cor verde-escura e possuem uma forma oblonga a lanceolada.
As flores surgem numa inflorescência curta e terminal. São solitárias, grandes, vistosas e delicadas, geralmente de cor lilás e por vezes apresentam um labelo amarelo. São bastante efémeras, durando apenas cerca de dois dias, ainda que se abram de forma sucessiva, podendo a planta permanecer em flor por um longo período de tempo.
Agora é a sua vez.
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