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Que espécie é esta: orelha-de-Judas

12.03.2021

A leitora Adriana Saraiva fotografou estes fungos em Tavira, a 6 de Março, e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde. 

“Num passeio pelo interior do concelho de Tavira fomos percorrer um pequeno vale bastante húmido onde facilmente se encontram diferentes espécies de cogumelos. Estes desconhecemos como se denominam, é possível ajudarem?”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratam-se de orelhas-de-Judas (Auricularia auricula-judae).

Identificação da espécie e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

São efetivamente fungos, ainda jovens.

Pela foto, diria que será uma Auricularia auricula-judae (orelha de judas). Filo: Basidiomycota; Classe: Agaricomycetes; Ordem: Auriculariales; Família: Auriculariaceae.

São comumente confundidas com algas.

Esta espécie é saprófita e aparece com regularidade em ambientes húmidos, junto a linhas de água, por exemplo, e sobre troncos em decomposição.

Frutifica em grupos e tem uma consistência gelatinosa, de cor acastanhada a cinzenta, com pilosidades cinza na parte superior da frutificação.

A parte inferior é lisa.

Frutifica entre o Outono e o Inverno.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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