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Que espécie é esta: oliveira

04.03.2022

Um grupo de alunos do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta árvore em Fevereiro no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma oliveira (Olea europaea).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A oliveira (Olea europaea) é uma espécie da família Oleaceae.

É uma espécie nativa em Portugal, com uma grande representatividade na bacia do Mediterrâneo.

É uma árvore perene, de porte pequeno, raramente ultrapassando os 10 metros de altura. Possui uma copa ampla e arredondada, tronco grosso e irregular.

As folhas são rígidas, persistentes, elípticas a lanceoladas, de cor verde-escuro-acinzentada na face superior e prateadas na face inferior. 

As flores surgem na primavera, agrupadas em inflorescências. Cada inflorescência é composta por numerosas flores de cor branco creme, ligeiramente perfumadas.

No outono surge a azeitona (fruto) – uma drupa, elipsóide, com polpa carnosa, suculenta e que contém uma semente, o caroço. 

A oliveira é vista como uma planta ornamental, mas também como uma árvore de fruto, de grande longevidade, podendo chegar a atingir mais de 3000 anos. 

Esta árvore representa há muito tempo riqueza, abundância, poder e paz. A azeitona é um símbolo do Mediterrâneo desde tempos imemoriais e tem uma reputação de longa vida, nutrição e uma grande capacidade de prosperar em condições difíceis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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