O leitor António Barreiros fotografou este ninho na sua varanda em Alverca a 14 de Abril e pediu para saber a que espécie pertence. Carlos Pacheco responde.
“Gostaria que me ajudassem a identificar a ave que construiu ninho na minha varanda, entre o aparelho de ar condicionado e a parede. Numa fotografia consegue perceber-se o perfil da ave no ninho a chocar e na outra, aproveitando uma ausência, consegui fotografar os ovos no interior do ninho. O local é na zona ribeirinha do Tejo em Alverca e apercebi-me do ninho há pouco mais de uma semana”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de um ninho de rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros).
Espécie identificada por: Carlos Pacheco, biólogo e técnico em projectos de conservação e monitorização de aves selvagens.
“Trata-se de um ninho de rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros)”, respondeu Carlos Pacheco.
O rabirruivo-preto é igualmente chamado de rabirruivo, carvoeiro e pisco-ferreiro, entre outros nomes comuns.
Estas aves têm um característico “tique nervoso” de cauda. Os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.
Segundo o livro “Aves de Portugal”, os rabirruivos costumam pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora. Alimentam-se quase sempre de insectos e outros invertebrados.
Como nidificantes, estas aves distribuem-se sobretudo para norte do Tejo, sendo mais escassas e localizadas no Sul do país.
No Inverno, aos rabirruivos residentes em Portugal juntam-se os rabirruivos migradores invernantes, vindos da Europa Central e Ocidental.
Agora é a sua vez.
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