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Que espécie é esta: mosca do género Dischistus

12.05.2021

A leitora Kathleen Becker fotografou este insecto no início de Maio nas falésias da Malveira da Serra e pediu ajuda na identificação. Rui Andrade responde.

“Estava bastante insistentemente à nossa volta e até parecia seguir-nos de facto…”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma mosca do género Dischistus, da família Bombyliidae.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É um parente próximo do género Bombylius, daí as semelhanças. Tem, no entanto, a cabeça mais larga que os Bombylius, entre outras diferenças.

Na Península Ibérica existem apenas três espécies de Dischistus e penso que o da foto é D. biroi ou D. senex. No entanto, o grupo é ainda pouco conhecido e por isso difícil de identificar.

Apesar das peças bucais de aspecto ameaçador, esta mosca é completamente inofensiva para as pessoas. O longo probóscide é usado para alcançar o néctar de flores com corolas tubulosas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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