O leitor José Manuel Vasconcellos fotografou esta ave a 2 de Abril perto de Alter do Chão e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.
“Há cerca de um mês observei, mas não tinha a máquina), nesta zona a poucos quilómetros deste local, um grupo de aves, de várias espécies, que esvoaçavam à volta de uma árvore; nesse grupo, 5 ou 6 tinham o mesmo tipo de cauda e envergadura desta que fotografei”, escreveu o leitor à Wilder.
Dias depois, regressou ao local e fez estas fotografias.
Trata-se de um milhafre-real (Milvus milvus).
Espécie identificada e texto por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.
Esta espécie é essencialmente invernante no Alentejo embora, ocasionalmente, também seja observada na época dos ninhos.
É uma espécie de conservação prioritária na União Europeia, até porque 95% das suas populações habitam no espaço europeu.
Actualmente, a população residente desta ave está classificada como Criticamente Em Perigo; a população invernante tem estatuto de Vulnerável.
Como nidificante, o milhafre-real está em declínio e ocorre quase exclusivamente pelo interior norte. “Em contrapartida, durante o Inverno e, nomeadamente, entre Novembro e Fevereiro, os efectivos são reforçados por aves invernantes provenientes da Europa Central e do Norte, tornando-se então relativamente frequente no interior sul”, explica o portal Aves de Portugal.
O milhafre-real é ligeiramente maior do que o milhafre-preto. Além disso, tem uma tonalidade mais clara, padrões mais bem definidos e a cauda bastante mais forcada.
A cauda é quase cor de ferrugem e tem a cabeça acinzentada, que contrasta com o castanho-claro do resto do corpo.
“Tratando-se de uma rapina de média-grande dimensão, é um planador exímio sendo frequentemente observado a circular em correntes térmicas.”
Agora é a sua vez.
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