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Que espécie é esta: Meripilus giganteus

22.10.2019

A leitora Rosário Borges fotografou um cogumelo estranho na cidade do Porto, em Outubro de 2018, e pediu ajuda na identificação da espécie. Ireneia Melo responde.

“Encontrei este conjunto de cogumelos, ou é um cogumelo apenas, junto à rua Aleixo da Mota, no Porto”, explicou Rosário Borges, numa mensagem enviada à Wilder.

Tudo indica que se trata de um cogumelo da espécie Meripilus giganteus.

Espécie identificada por: Ireneia Melo, curadora da colecção de fungos do Herbário LISU do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa e especialista em fungos decompositores da madeira.

O Meripilus giganteus pode ser observado com mais facilidade entre os meses de Agosto e Outubro. Pode atingir grandes dimensões, chegando aos 80 centímetros de largura. As cores e a forma são variáveis, assemelhando-se por vezes a uma roseta, outras às telhas de um telhado.

Tal como os outros cogumelos, o Meripilus giganteus é a parte visível de um fungo. Neste caso, um fungo parasita das raízes das árvores.

Este cogumelo surge normalmente sobre a base dos troncos de folhosas, faias e abetos brancos, mas também é possível encontrá-lo a nascer a alguma distância dos troncos, uma vez que está associado às raízes que se encontram no subsolo.

Ocorre em muitos países da Europa e também numa parte da Ásia.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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