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Que espécie é esta: maónia

09.03.2022

A leitora Maria Alice Sousa fotografou esta planta a 5 de Março no carvalhal de Vouzela e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma maónia ou uva-do-oregon (Berberis aquifolium).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A planta da fotografia é vulgarmente conhecida como maónia ou uva-do-oregon (Berberis aquifolium).

Da família Berberidaceae, esta espécie é nativa da região sudoeste do Canadá e do norte da Califórnia.

Possui um porte arbustivo, podendo atingir até 2 metros de altura. 

A folhagem é persistente, coriácea, verde-escura e brilhante. No outono e no inverno pode apresentar tons avermelhados.

As flores surgem no final do inverno e durante a primavera, são amarelo-dourado e levemente perfumadas e são bastante atrativas para as abelhas e aves. 

O fruto é uma baga, que surge num cacho, que parece uma pequena uva, daí o seu nome comum “uva-de-oregon”. É verde na fase inicial de formação, tornando-se azulado na maturação. É muito procurado pelas aves e outros animais selvagens. 

A uva-do-oregon é uma planta ornamental muito interessante em qualquer época do ano, pelas texturas e cores das folhas, flores e frutos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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