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Que espécie é esta: maçarico-das-rochas

19.05.2022

O leitor Tiago Cardoso fotografou esta ave em Abril no Barreiro e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias responde.

Tiago Cardoso viu a ave no Passeio Augusto Cabrita, no Barreiro.

“A ave em causa era do tamanho aproximado de um melro-preto (Turdus merula), tinha umas pernas finas compridas para o tamanho dela e um bico fino de cerca de 1 ou 2 cm que lembrava o de uma espécie de ave limícola, as penas da sua barriga e do seu peito eram brancas e as do resto do seu corpo eram castanhas e corria depressa”, escreveu o leitor à Wilder.

A espécie que observou é um maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“É efectivamente uma limícola, mais concretamente um maçarico-das-rochas Actitis hypoleucos.”

Esta é uma pequena ave limícola com ventre branco e cabeça, peito, dorso e asas castanhos.

“A característica identificativa que mais facilmente permite separar esta espécie de outras limícolas é a pequena ‘língua’ branca que a plumagem forma de ambos os lados do pescoço”, segundo o Aves de Portugal.

É uma espécie relativamente comum em Portugal e podemos vê-la em zonas húmidas ao longo de todo o ano.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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