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Que espécie é esta: louva-a-deus-de-corno

21.01.2022

O leitor José Rosa fotografou este insecto em Janeiro em Beja e pediu para saber a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Sou por este meio a solicitar informação relativa ao inseto que nunca tinha visto. Estava residente em lenha seca de amoreira”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um Louva-a-deus-de-corno (Empusa pennata).

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O exemplar da foto é uma ninfa ou juvenil do louva-a-deus-de-corno Empusa pennata.

É uma espécie amplamente distribuída em Portugal que passa bastante despercebida porque quer as ninfas quer os adultos são miméticos: as ninfas são castanhas e assemelham-se a galhos secos, enquanto os adultos são verdes e confundem-se com a folhagem.

Em ambos os casos são adaptações à sua forma de caça por emboscada, que permite que as presas se aproximem sem os detetarem.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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